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Unilever cria a Escola de Marketing Antirracista para acelerar o impacto na diversidade

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Em parceria com as consultorias Indique uma Preta e Oliver Press, a companhia celebra a formação de 350 profissionais de marketing com foco na agenda racial em novembro – mês dedicado à Consciência Negra

Squad da Escola de Marketing Antirracista. Fundo cor nude, no escritório da Unilever.

Promover uma transformação significativa nas práticas internas da empresa, com ações cada vez mais afirmativas, ao mesmo tempo em que busca impactar de forma positiva o mercado e a sociedade.

Este é o propósito da Escola de Marketing Antirracista (EMA), uma iniciativa da Unilever, em parceria com as consultorias especializadas Indique Uma Preta e Oliver Press, que acaba de formar o time Marketing da multinacional de bens de consumo à luz do “Brasil real”, composto por 56% de pessoas que se autodeclaram pardas ou pretas.

O mês de novembro, simbólico na luta racial pela Consciência Negra, foi escolhido para encerrar as aulas da EMA e por marcar um ano da concepção do projeto, que chega ao estágio final graças aos investimentos da Unilever de, aproximadamente, 1 milhão de reais.

Cerca de 350 pessoas funcionárias de Marketing da Unilever frequentaram a EMA, com cerca de 40 horas de formação. O programa da escola foi desenhado com um currículo robusto, incluindo, módulos teóricos e práticos, mentorias e momentos de imersão presencial.

Mais de 30 profissionais atuaram como professores da escola. Entre os grandes nomes da Agenda Racial do Brasil, estão especialistas, como Luana Genot (ID_BR) que tratou, por exemplo, sobre Estratégias de Negócios Afrocentrados e a Thais Bernardes apresentou os bastidores da criação do Notícia Preta.

Já o publicitário Felipe Silva (Agência Gana) conduziu um debate sobre criação e propósito de marca, enquanto a atriz Taís Araújo foi convidada para refletir sobre Responsabilidade das Marcas e empresas em um ecossistema de Diversidade, Equidade e Inclusão (ED&I). Da área acadêmica, estiverem presentes, figuras importantes, como o Prof. Dr. Dennis Oliveira (USP), que trouxe a visão sobre Semiótica Antirracista, além da Prof. Dra. Roberta Campos (UFRJ e ESPM), falando a respeito de Antropologia do Consumo.

A Indique Uma Preta foi responsável pela condução e desenvolvimento de todas as aulas, enquanto a Oliver liderou a relação institucional com os professores.

Vinicius Araújo com uma camisa branca. Fundo logo Unilever e no slide, a Taís Araújo.

Segundo Vinicius Araújo, Líder de Cultura e Marca Empregadora da Unilever, a companhia entende a responsabilidade e a urgência de estar em sintonia com as demandas da sociedade, uma vez que está presente em 100% dos lares brasileiros. A intenção é usar a força das mais de 30 marcas – entre elas Dove, Rexona, OMO, CIF e Hellmann's –, para transformar o mercado. Com isso, a Unilever se uniu a consultorias especializadas em Marketing, Comunicação e ED&I para desenhar um formato pioneiro de desenvolvimento.

“O diferencial da Escola de Marketing Antirracista está em sua abordagem inédita: o programa revisa toda a cadeia do marketing sob a ótica antirracista, abrangendo desde a valorização das negritudes, antropologia do consumo, semiótica, pesquisa e desenvolvimento de produtos, relacionamento com comunidades até a comunicação nos pontos de venda.

Ao longo da jornada, 15 projetos das nossas marcas foram acelerados a partir das mentorias com Felipe Silva, Founder e CCO da agência GANA. Essa revisão e ampliação das nossas lentes habilitam novos investimentos direcionados e alinhados com as demandas da população negra”, explica.

“A Escola de Marketing Antirracista é resultado de um esforço coletivo e intencional — da Unilever, da Indique Uma Preta, da Oliver Press e de todo o squad (grupo multidisciplinar da Unilever). Somos um time 100% composto por mulheres negras, como consultoria estrategista deste projeto, articulamos pautas relevantes para o universo do marketing, mas que também tocam diretamente nas necessidades dos consumidores do Brasil.

Marcas que entenderam sua responsabilidade na construção de conversas relevantes, com olhar voltado para o que movimenta a cultura da nossa sociedade têm dado a largada no mercado e testemunhar essa transição para as marcas da Unilever é a esperança de um mercado mais inovador”, diz Daniele Mattos, sócia e cofundadora Indique Uma Preta.

“A Oliver Press é a agência correalizadora da EMA e a responsável pela atuação como conselho consultivo no que tange à curadoria e também como relações institucionais da Unilever com os parceiros. A EMA vai muito além de um projeto em prol da representatividade negra na publicidade.

É um trabalho profundo que inicia suas movimentações de dentro para fora, com letramento e uma jornada de conhecimento intensa voltada para a comunicação antirracista – ‘walk the talk’. A sensação de dever cumprido se fortalece com tanto propósito nesta ação. Agora, partimos para o encerramento com a Imersão Antirracista, uma experiência imersiva e sensorial que navega pelo empoderamento negro, promovida pela nossa área de Projetos Especiais”, afirma Juliana Oliveira, CEO e fundadora da Oliver Press.

Antes mesmo da “formatura”, prevista para ocorrer em uma imersão, na primeira quinzena de dezembro, a EMA já vem influenciando em ações concretas nas quatro divisões de negócios da Unilever – Beleza & Bem-Estar, Cuidados com a Casa e Roupas, Nutrição e Cuidados Pessoais – por meio do desenvolvimento de campanhas com maior diversidade de vozes e representatividade, além de um olhar cuidadoso para o impacto das mensagens nas diversas audiências.

É o caso do Tudo Pra Creator, que vem atuando como uma aceleradora na formação de micro e nano influenciadores de beleza. Por meio de uma plataforma digital de estudos e gratuita, mais de 10 mil pessoas da comunidade negra vêm buscando se profissionalizar na produção de conteúdo. À frente do projeto, a unidade de negócio de Beleza e Bem-Estar da Unilever chegou a anunciar que, desde julho de 2024, 100% das campanhas das marcas Dove, Seda, Tresemmé e Clear passaram a incluir, em diferentes frentes, criadores pretos e pardos participantes do Tudo Pra Creator.

Próximos passos

Em 2025, a Unilever priorizará e amplificará a agenda racial, explica Vinicius Araújo. “Nós queremos nos diferenciar promovendo uma cadeia de marketing cada vez mais atenta, inclusiva, relevante e, sobretudo, em sintonia com o Brasil real. Por meio dessa ação pioneira, a Unilever está sinalizando que é preciso ir além da representatividade dos castings. Vamos continuar desafiando a nossa estrutura interna, os nossos fornecedores e o mercado para juntos, quebrarmos o status quo. Esse é um caminho sem volta”, afirma.

A eficácia da EMA será mensurada na segunda fase da estratégia de cultura antirracista, quando será instituído um comitê de governança de marketing antirracista. A previsão é que isso ocorra ainda no primeiro trimestre de 2025. Com a formação deste comitê, composto por integrantes internos e parceiros externos, será possível a construção de diretrizes do marketing antirracista e a gestão de métricas para toda a cadeia.

Compromisso Unilever com ED&I

A EMA é mais um passo do compromisso contínuo da Unilever com a agenda racial. Esta não é a primeira iniciativa da Unilever dentro da sua jornada antirracista no país. Em 2018, a companhia definiu a inclusão racial como um pilar e aliou-se a parceiros como a Faculdade Zumbi dos Palmares, a Afrobras, a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial e ao Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), entre outros. Em 2021 lançou o Fundo Afrolever, projeto que teve o aporte financeiro de 17 milhões de reais para alavancar a agenda racial da companhia e também de parceiros.

A companhia também conta com um movimento interno liderado por pessoas funcionárias negras, o coletivo Afrolever, que tem como objetivo pensar e fomentar iniciativas para atrair, reter e desenvolver talentos negros, além de estimular o aumento da representatividade racial em cargos de liderança. Desde 2023, a empresa também patrocina o prêmio + Admirados jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira.

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