A continuação da pobreza não faz sentido para os negócios
Criada por Paul Polman e pelo ex-vice-Secretário Geral da ONU Mark Malloch-Brown, a Comissão - formada por empresas, funcionários e líderes da sociedade civil - tem como objetivo encorajar as empresas a assumirem a liderança na redução da pobreza e no desenvolvimento sustentável. A Comissão trabalhará ao longo do próximo ano para articular e quantificar argumentos econômicos convincentes que incentivem o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), também conhecidos como Metas Globais. Tais argumentos incluem:
- Recompensas econômicas significativas – por meio do acesso a novos mercados, oportunidades de investimento e inovações – que se tornarão realidade caso o mundo decida enfrentar o desafio da pobreza, desigualdade e pressões sobre o meio ambiente.
- Riscos para os resultados do negócio e sua estabilidade, aumento da fragmentação, fragilidade e competição por recursos, caso o mundo fracasse em lidar com esses riscos.
- A necessidade de se trabalhar com governos, organizações internacionais e a sociedade civil para construir um futuro em que as empresas possam prosperar – com crescimento sustentável e inclusivo, aumentando a geração de empregos.
Em um ano, a Comissão irá apresentar um relatório descrevendo novos negócios e modelos financeiros, assim como oportunidades de mercado para companhias que estiverem investindo em abordagens sustentáveis.
Como declarou Paul Polman: “A continuação da pobreza não faz sentido para os negócios. Temos a oportunidade de acessar trilhões de dólares em novos mercados, investimentos e inovação.
Para isso, porém, precisamos reformular nossas práticas atuais e enfrentar a pobreza, a desigualdade e os desafios ambientais. Todas as empresas se beneficiarão de operarem em um mundo mais justo e resiliente, se atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Empresas são fundamentais para acelerar a transição
Desde o ano 2000, a pobreza extrema foi reduzida pela metade no mundo. As empresas – que são responsáveis por 60% do PIB, 80% dos investimentos internacionais e 90% dos empregos em países em desenvolvimento - têm sido uma peça central para esta história de sucesso, mas podem assumir um papel ainda maior e mais construtivo na promoção do crescimento econômico e oportunidades de desenvolvimento. https://www.unilever.com/sustainable-living/sustainable-living-news/news/There-is-no-business-case-for-enduring-poverty.html
A iniciativa busca explorar modelos de negócio disruptivos do presente e do futuro – avaiando seus impactos em relação ao desenvolvimento sustentável – e mapear os novos mecanismos financeiros de que o mundo precisa para atingir os ODS. A Comissão avaliará mudanças centrais nas operações e no comportamento de empresas que vão muito além das práticas tradicionais de responsabilidade social corporativa e parcerias de voluntariado.
Como explica Mark Malloch-Brown: “Grandes recompensas aguardam as empresas se elas tiverem sucesso em promover uma nova era de prosperidade compartilhada e sustentabilidade. Governos e organizações internacionais não conseguirão, sozinhos, construir o futuro de que precisamos. As empresas são fundamentais para acelerar a transição.”